quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ser ou não ser, eis a questão!


Quem és tu de verdade, o real ou o virtual ?

Esses questionamentos permeiam sempre, quem passa a analisar de forma mais profunda as redes sociais. A partir do momento em que, com a criação de um "avatar", tem-se uma nova vida, um novo mundo do seu jeito, podemos levantar a questão sobre a personalidade que impera em si mesmo. Segundo o sociólogo americano Robert Weiss: "A solidão emocional é o sentimento de vazio e inquietação causado pela falta de relacionamentos profundos. A solidão social é o sentimento de tédio e marginalidade causado pela falta de amizades ou de um sentimento de pertencer a uma comunidade". A vida que tem e a vida que se quer ter, é impossível a junção de ambas, dessa forma poderíamos concluir que, passou-se a viver em uma ambiguidade sem fim (ou com fim, depende do seu autocontrole). Esse modo "dual-channel" do cotidiano nos traz contatos, o famoso net-working, informações e principalmente amigos, virtuais diga-se de passagem, mas são considerados "amigos", vide Orkut.

Contudo, os amigos são amigos?

Os sites de relacionamento de fato diminuem a solidão social, mas, em contrapartida, aumenta significativamente a solidão emocional, é como se seus amigos lhe rodeassem mas não pudessem lhe tocar, desenvolver uma relação mais próxima. Nada adianta ter 500, 1000, 1500 contatos no seu Orkut, Facebook, é impossível dar conta de todos eles, isso é biológico, conseguimos manter no máximo 150 relações sociais estáveis, mais que isso, são os laços fracos.

Você nasce com seu eu, esse seu eu pode ser moldado, porém nunca duplicado de fato. Atente para o fato de que, sua vida virtual é apenas uma virtualização de um sonho do seu consciente ou do seu subconsciente talvez, logo, seus amigos e sua vida na mídia das nuvens, são apenas algumas virtualizações dos seus desejos, traduzidos em perfis, avatares, etc.

Douglas de Carvalho

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