quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Hackers, Crackers, ética e melhores práticas na WEB

Com os avanços na comunicação a Internet tornou-se o meio mais fácil de fazer mal ou bem para todo o mundo. Hoje existem cursos (Certified Ethical Hacker) que ensinam e dão capacidade as pessoas de utilizar o conhecimento obtido da maneira que quiser. Depende somente da ética, e esta da educação, para que a convivência de todos na World Wide Web não vire um completo caos.

Devido a exposição ao risco de invasão, roubo, alteração de informações confidenciais e valiosas, empresas encontram-se em uma posição bastante crítica e delicada, tornando cada vez mais necessário conhecer as ferramentas utilizadas por hackers ou invasores para impedi-los com eficiência.

"Ethical Hacker" é um termo que vem sendo cada vez mais usado e que vem ganhando valor importante dentro de pequenas e grandes empresas. O hacker ético é um profissional especializado que usam de suas habilidades e conhecimentos para assegurar uma empresa. Mas contra quem é necessária toda essa segurança?

Hacking não é uma atividade para poucos, a internet é repleta de sites que ensinam técnicas e oferecem programas e informações atualizadas sobre o mundo hacker. A escolha do caminho acaba sendo do hacker, se ele quer trabalhar para o bem ou trabalhar no mundo dos crackers.


"O Cracker é o invasor que quer quebrar a segurança de um sistema e provocar estragos, pelo simples prazer de conseguir ou por ganhos financeiros. Normalmente é um hacker de nível avançado, sabe tudo sobre sistemas operacionais e ’linguagens de baixo nível’, como o C++ e o Assembly, e que não só invade, mas também cria programas para fazer o trabalho sujo", explica André Diamand, Diretor da Future Technologies (www.fti.com.br) e hacker assumido. "Do bem".

Ainda assim quando a palavra "hacker" é utilizada hoje em dia, a primeira coisa em que se pensa é em cibercriminosos (crackers) que praticam delitos, causam danos a terceiros e enriquecem com essa prática. Essa confusão toda poderia ser evitada se todos soubessem da origem da palavra "hacker".

A origem de "hacker" vem dos anos 60 a qual sentido se da a uma pessoa para quem programar é uma paixão, e a designção é considerada um título honorífico e nobre. O termo nasceu com um punhado de heróis do
Massachusetts Institute of Technology (MIT).

O termo Hacker ético surgiu para ajudar a acabar com essa confusão e com ele um conjunto de práticas e princípios que foram determinadas com o proposito de melhorar o inter-relacionamento de empresas/pessoas das mais diversas areas de trabalho.

  • O acesso a computadores - e qualquer outro meio que seja capaz de ensinar algo sobre como o mundo funciona - deve ser ilimitado e total.

Esse preceito sempre se refere ao imperativo "mão na massa". Isto é, se um hacker precisa enviar várias mensagens para celulares sem pagar, ao invés de entrar várias vezes na interface web e enviar uma mensagem por vez, ele descobrirá como a interface web funciona e fará um programa automático para o envio de mensagens de forma mais ágil e com menos desperdício de tempo.

  • Toda a informação deve ser livre.

Na sociedade de consumo de hoje, tudo é transformado em mercadoria e vendido. Isso inclui a informação. Mas a informação, só existe na mente das pessoas. Como não possuo a mente de outra pessoa, não posso comercializar informações. Uma analogia semelhante é a do velho índio Chefe Touro-Sentado ao dizer "a terra não pode ser possuída". O hacker busca a informação diariamente e tem prazer em passá-la para quem quer "pensar" e "criar" coisas novas.

  • Desacredite a autoridade e promova a descentralização.

Um hacker não aceita os famosos argumentos de autoridade e não acredita na centralização como forma ideal de coordenar esforços.

  • Hackers devem ser julgados segundo seu hacking, e não segundo critérios sujeitos a vieses tais como graus acadêmicos, raça, cor, religião ou posição.

Essa é a base da meritocracia. Se você é bom mesmo, faça o que você sabe fazer e os demais o terão em alta conta. Não apareça com diplomas e certificados que para nada mais servem além de provar que você não sabe do que está falando e tenta esconder esse fato. Isso também pode ser visto num dos documentos de maior expressão das cultura hacker de todos os tempos: o "Manifesto Hacker", publicado no e-zine Phrack 7 , em 1986, por The Mentor, logo após ele ter sido preso: "[...] Sim, eu sou um criminoso. Meu crime é o da curiosidade. Meu crime é o de julgar as pessoas pelo que elas dizem e pensam, não pelo que elas parecem ser. [...]"

  • Você pode criar arte e beleza no computador.

Hacking é equivalente a arte e criatividade. Uma boa programação é uma arte única, que possui a assinatura e o estilo do hacker.

  • Computadores podem mudar sua vida para melhor.

Hackers olham os computadores como a lâmpada de Aladim que eles podem controlar. Acreditam que toda a sociedade pode se beneficiar se experimentar esse poder e se todos pudessem interagir com os computadores da forma como os hackers fazem, a ética hacker penetraria toda a sociedade e os computadores melhorariam o mundo.O primeiro objetivo do hackeré ensinar à sociedade que o computador abre um mundo ilimitado.




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